As projeções da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) indicam que a produção de algodão no mundo, nos próximos 10 anos (até a safra 2030/2031) deve atingir 28,4 milhões de toneladas e o Brasil será responsável por 12,5% desse mercado. O país é um dos cinco maiores produtores mundiais de algodão, ao lado da Índia, Estados Unidos, China e Paquistão. Ocupa o primeiro lugar em produtividade em sequeiro e é um dos maiores exportadores do mundo.
Na atual safra, 2021/2022, a produção nacional deve chegar a 2,71 milhões de toneladas de algodão em pluma, um aumento de 16,5% em comparação com a safra anterior. O aumento, de acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), é resultado da expansão da área plantada devido ao crescimento em torno de 17% na demanda registrado neste ano. Os especialistas apontam também a significativa elevação nos preços do petróleo, usado na fabricação da fibra sintética, como fator que impulsionou a demanda.
A maior parte da produção brasileira está concentrada nos estados do Mato Grosso e Bahia. Segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), os dois estados respondem por 90% do algodão nacional, sendo, 70% no Mato Grosso e 20% na Bahia, percentuais que devem ser mantidos nos próximos anos.