10/02/2025
Hoje celebramos o Dia das Leguminosas, uma data dedicada a reconhecer a importância dessas plantas incríveis na nossa alimentação e na economia global.
Você sabia que este dia foi implementado através da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) que instituiu a data em dezembro de 2018. O dia 10 de fevereiro foi comemorado desde então como o Dia das Leguminosas.
O objetivo deste dia é reconhecer a importância das leguminosas na alimentação humana e animal. Estes alimentos são uma grande fonte de proteína e tem um baixo teor de gordura, por isso o seu consumo é tão importante. No artigo desta semana, vamos explorar o que são leguminosas, sua importância e alguns dados sobre a produção de leguminosas, especialmente a soja. Hoje você vai saber mais sobre como a produção e exportação de soja evoluiu ao longo dos anos no Brasil. Confira!
Leguminosas são plantas da família Fabaceae, conhecidas por suas sementes nutritivas ricas em proteínas, fibras, vitaminas e minerais. Elas desempenham um papel crucial na alimentação humana e animal, sendo uma fonte importante de nutrientes. As espécies de leguminosas são muitas, entre elas, as mais consumidas pelos brasileiros incluem:
· Soja;
· Lentilha;
· Ervilha;
· Feijão;
· Amendoim e;
· Grão-de-bico.
Elas possuem vitaminas do complexo B, ferro, potássio, cálcio, zinco, selênio, magnésio, entre outros minerais. Além disso, elas fornecem também grande quantidade de fibras, importantes para garantir a saciedade, os níveis recomendados de colesterol, o bom funcionamento do intestino e o controle da glicemia. Mas não é só
isso. A soja é uma das maiores fontes de proteína Uma porção de 100 g de soja cozida tem em média, a depender da cultivar 16,6 g de proteína. Ela também é rica em outros minerais, como fósforo, manganês e cobre.
A soja pode contribuir na proteção da saúde do coração, reduzindo a inflamação nos vasos sanguíneos, podendo ser consumida cozida e nos formatos de óleo de soja, tofu, molho de soja, leite de soja, missô, farinha de soja, proteína de soja, entre outros. O Brasil é o segundo maior produtor e exportador mundial de soja. A soja é uma oleaginosa de grande importância para o agronegócio no Brasil e no mundo.
Isso se deve principalmente pelo retorno econômico e versatilidade, podendo ser utilizada pela indústria veterinária, indústria alimentícia, indústria farmacêutica, cosméticos, tintas, adesivos e plásticos, entre outras inúmeras finalidades.
Foram necessários 25 anos (1976/77 a 2000/01) para elevar o patamar de produtividade da soja de 1,5 mil kg/ha para 2,5 mil kg/ha (aumento de 66,6%). Nos últimos 15 anos (2001/02 a 2015/16) a produtividade da cultura ultrapassou os 3 mil kg/ha (aumento de 20%) apenas na safra 2010/11 (gráficos 1 e 2).
Ou seja, ao longo dos últimos 20 anos, a maior parte da expansão da produção nacional foi explicada pelo aumento da produtividade da cultura por unidade de área.
Figura 1. Evolução absoluta da área, produtividade e produção de grãos – Brasil.
Sobre a projeção da produção de soja para este ano, o USDA revisou em janeiro de 2025 os dados da produção mundial da soja, com a projeção é alcançar 424,2 milhões de toneladas na safra 2024/25. Já no Brasil, o USDA projetou 169,0 milhões de toneladas para a próxima safra. O Brasil exportou um total de 97,299 milhões de toneladas de soja em 2024, de acordo com dados divulgados pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Sendo que em dezembro de 2024, foi exportado cerca de 2 milhões de toneladas de soja, que foi 47,7% menor em comparação ao ano anterior.
Figura 2. Exportação brasileira de soja (em milhões de toneladas).
Embora semelhantes, as leguminosas e oleaginosas possuem algumas diferenças quanto a sua composição nutricional. Algumas culturas, como é o caso da soja e amendoim, são consideradas leguminosas oleaginosas, por serem ricas em óleos. As oleaginosas por outro lado, são ricas em óleo e possuem alto teor de gorduras consideradas benéficas à saúde.
As leguminosas são compostas por sementes e frutos de plantas com flor. Assim, as leguminosas são grãos que nascem em vagens fibrosas e normalmente precisam passar por um processo de demolho antes de consumir. Todos os tipos de feijão entram na categoria, juntamente com soja, ervilha, grão-de-bico e lentilha.
O principal benefício das leguminosas é que elas são ricas em proteínas. Por causa disso, elas são ótimas substitutas de produtos de origem animal, como carne e leite, particularmente indicado para pessoas com adeptas ao vegetarianismo ou veganismo. Além disso, possuem boa quantidade de fibras, ferro, vitaminas do complexo B, entre outras vitaminas e minerais, regulando o sistema digestivo e fortalecendo o sistema imunológico.
No caso das oleaginosas, o nome já dá a dica. Estamos falando de vegetais que possuem óleos e gorduras vegetais. Elas são, em sua maioria, sementes. Mas, diferentemente das leguminosas, elas não crescem em vagens e sim em cascas grossas e duras. As principais oleaginosas são amêndoa, avelã, macadâmia, pistache, nozes, girassol e castanhas com um todo, entre inúmeras outras. Todas esses espécies podem ter seu óleo extraído para utilizar na culinária ou em produtos de beleza. Na gastronomia, as oleaginosas são importantes fontes de gorduras boas. É um componente importante da dieta para fornecer energia. As gorduras boas são as insaturadas, presentes em alimentos naturais como vegetais, peixes e, claro, as oleaginosas. Para completar, as oleaginosas possuem antioxidantes e anti-inflamatórios, além de ômega 3, vitamina E e minerais diversos essenciais para a saúde como manganês, magnésio e fósforo.
Algumas leguminosas podem ser consumidas verdes e cruas, como o amendoim e a ervilha. Além de muito nutritivas, elas são extremamente benéficas para a saúde e podem ser facilmente incorporadas em uma dieta saudável e equilibrada, pois podem ser consumidas em diferentes preparações, como saladas, sopas, ensopados e hambúrgueres vegetarianos.
O uso de leguminosas na alimentação dos animais é uma ótima estratégia para colaborar com o desempenho produtivo. Ainda que o seu plantio seja similar ao das demais forrageiras, é fundamental que exista um planejamento para a sua implantação.
Com um custo relativamente baixo, especialmente ao considerar o ganho de peso do gado, suínos e frangos, essas plantas contribuem de modo efetivo para a dieta dos animais, além de proporcionar maior qualidade e fertilidade ao solo.
Confira a seguir algumas das principais espécies de leguminosas forrageiras, com boa resposta produtiva.
Trata-se de uma espécie nativa do Cerrado do Brasil, que apresenta uma capacidade significativa de fixação de nitrogênio e tolerância ao sombreamento. Possui grande facilidade de adaptação, principalmente nos solos com pouca fertilidade ou com acidez, além de proporcionar uma boa produção de forragem.
Bastante benéfica ao solo, servindo de adubo verde, essa espécie também é conhecida por outros diversos nomes: ervilha-de-angola, ervilha-do-congo, feijão-de-árvore, dentre outros. Apresenta porte arbustivo, com altura que pode atingir até 3,5 metros, com folhas aveludadas.
Que neste Dia Mundial das Leguminosas, celebremos não apenas os números impressionantes de produção e exportação, mas também a riqueza nutricional e o potencial ambiental que essas leguminosas nos oferecem.
Confira um pouco mais sobre a importância da agricultura no Brasil e no mundo, seu papel enquanto setor que mais cresce e que se preocupa com a preservação ambiental.
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